quinta-feira, 20 de novembro de 2008

LE BEAUJOLAIS NOVEAU EST ARRIVÉ!!!!!!!!

Aleluia! Aleluia!!!! Depois de alguns anos de seca, eu e o Renato vamos poder degustar, mais uma vez, o tão festejado Beaujolais Noveau. Este vinho que é amado por alguns e detestado por outros chega até os consumidores de todo o mundo sempre nesta terceira quinta-feira do mês de novembro. Eu (Gilberto) me encontro entre aqueles que adoram tomar ao menos uma garrafa desse vinho jovem, saboroso e dono de um charme todo especial. Sem falar que, para aqueles que querem imigrar para um país francófono, essa pode ser mais uma informação útil/inútil da francofonia.

Voltando ao assunto..., eu admito que posso até ser mais um dos que foram conquistados pelo grande esquema de marketing que ele possuiu, mas minha paixão vem desde 1997, quando trabalhava no restaurante Alice e bebi uma primeira taça. Depois disso consegui tomar alguns anos sobressaltados, mas na maioria das vezes fiquei só no desejo pois a Mistral, a importadora que leva o vinho para o Brasil faz pré-venda para seus compradores fiéis, não sobrando nada para os pobres comuns que, como eu, adorariam ter o prazer de abrir uma garrafa depois de ver uma matéria na televisão, num jornal, escutar no rádio ou até mesmo ler qualquer coisa em um blog como este.

Eu sei que entre os felizardos clientes da Mistral estão alguns restaurantes do país, o que ainda dá a chance para muita gente aproveitar a oportunidade em vários cantos do nosso país que adora cerveja, mas já aprendeu há muito tempo apreciar um bom vinho. Para quem está por aqui em Montréal, a SAQ, empresa do governo que vende TODAS as bebidas alcoólicas na província, tem algumas garrafas que não demoram a acabar, segundo o vendedor.

Para aqueles que estão lendo este post, gostam de uma garrafinha de vinho e quiserem mais informações sobre o Beaujolais Noveau eu selecionei alguns links que falam um pouco mais sobre a bebida tanto em Português (http://www.mistral.com.br/product.aspx?idproduct=18320), quanto em Inglês (http://www.intowine.com/beaujolais2.html) e em Francês (http://www.01men.com/editorial/333140/vin-/).

TIN-TIN!!!!!!!!! (hehehehehe.... imagem das duas garrafitchas que consegui comprar)

SALON DU LIVRE DE MONTRÉAL



Este post aqui entra na categoria INFORMAÇÃO CULTURAL da bela e efervescente Montréal.

Quem estiver pela cidade pode aproveitar o a 31ª Edition du Salon du Livre de Montréal, que tem como slogan a frase: “L’Amour au coeur du livre”. O evento abriu suas portas ontem, dia 19, e vai até segunda-feira que vem, dia 24 de novembro (www.salondulivredemontreal.com).

Assim como todos salões de livros, os preços são os mesmos daqueles que você pode encontrar nas livrarias, algumas vezes até mais caro. O bom é que você tem a sua disposição uma gama gigantesca de opções, tanto em inglês, como em francês.

Por falar em boas opções, eu e o Renato temos tido boas experiências com as leituras sugeridas na escola. Depois de lermos o livro Les Aurores Montréales, de Monique Proulx, estamos descobrindo a primeira obra gay do autor mais celébre do Québec, Michel Tremblay. O nome do livro é Le Coeur Découvert.

Para adicionar um pouco mais de informação neste post...

Monique Proulx tem uma escrita dura, rápida e que incomoda aqueles que se aventuram em suas páginas. Ao mesmo tempo ela é excitante e provocante, despertando o interesse de seguir adiante com a leitura, sem parar. Seu trabalho tem característica urbana, mas ela acabou de lançar um livro chamado Champagne, onde ela faz um belo retrato da região de Mont-Tremblant, aqui do ladinho de Montréal; um lugar especial, que possui uma geografia perfeita. Aos 56 anos ela já ganhou e continua sendo indicada para vários prêmios de literatura. Na semana passada ela deu uma palestra na escola e deixou todos encantados com sua simplicidade. Seguem algumas fotinhas e, claro, eu não deixei de fazer uma perguntinha durante o evento, além de dar uma boa tricotada após.


Quanto a Michel Tremblay, trata-se do maior autor do Québec e um dos grandes do Canadá. Ele mora por aqui no nosso bairro, o Village, mas só quando já tinha saboreado o sucesso decidiu explorar o tema homossexualidade em algumas de suas obras. Autor de mais de 50 livros, tem uma grande produção de textos para teatro, onde Les Belles-Soeurs é sua peça mais conhecida. Ele já foi traduzida para mais de 15 idiomas.
Infelizmente, nem Mme Proulx ou M. Tremblay tem algum de seus livros traduzidos para o português, tampouco qualquer outro autor québécois. Ao menos foi o que descobri nas minhas pesquisas pela internet. Se alguém souber qualquer coisa diferente, me avisa que coloco um post retificando a informação.

Um grande abraço.

Gilberto Evangelista

ÇA FAIT CHIER!!!!!!!!

Todo mundo sabe, nada melhor que o tempo para superar momentos difíceis, esquecer problemas, perdas, raivas, etc... Graças ao tempo que separa esta quinta-feira, dia 20, da última segunda, dia 17, vocês vão poder ler um post, como vamos dizer, muito mais educado, polido, civilizado. É verdade, pois se eu tivesse escrito no calor do momento (uh-lá-lá), acho que teríamos perdido alguns dos leitores queridos pelo tanto de palavrão que eu queria escrever... risos.

Vamos à odisséia...

Na última quinta, dia 13, eu escrevi um texto chamado Tudo a Mesma Merda, onde eu falo sobre as semelhanças entre nosso amado Brasil e a nova pátria adotada, Québec/CA. Quem não se lembra é só descer alguns degraus abaixo. Então, lá tem uma parte que é sobre a preparação para minha prova de direção veicular, que aconteceu dia 17, às 9h20. Como eu tinha contado, eu peguei umas aulinhas, “por fora”, para poder me familiarizar com o carro modelo automático (que é mais fácil de dirigir do que mastigar gelatina, até um banguelo consegue) e com o trajeto. Fiz isso para pegar os macetes e tal.
Tudo bonito, tudo certo, hora marcada lá estava eu sendo chamado no guichê da famosa SAAQ (Sociéte de l’Assurance Automobile du Québec), equivalente ao nosso DETRAN. O rapaz que me atendeu, estagiário com forte sotaque árabe, mandou de cara a seguinte pergunta: “Você tem a carteira de aprendiz?”. Eu respondi que não, pois já dirigia no meu país desde os 17 anos e queria só validar a minha carteira aqui. Daí ele perguntou: “Então está é a primeira vez que você vai fazer a prova prática?”. A afirmativa pulou da minha boca, ao mesmo tempo em que uma mosquinha pousou atrás da minha orelha e eu pensei: “Hummm, perguntinha mais esquisita essa...”, mas tudo bem, vamos em frente.

O rapaz chamou a funcionária québécoise que estava lhe dando o treinamento e lhe reportou as perguntas e as respostas. Ela e ele mexeram daqui e dali nesse computador, imprimiram alguns papéis que eu assinei e me pediram para pagar os 25 dólares, preço para fazer o exame (fora os 40 do aluguel do carro que é a parte) Eu saquei o cartão, paguei e voltei para minha cadeira, onde não esperei mais do que 3 minutos para ser chamado pelo examinador. Ele pareceu gentil. Sério, mas gentil. Foi logo ligando a chave, mesmo estando no acento do passageiro, para ligar o aquecimento interior do carro. Saímos, eu segui suas ordens e fiz tudo como havia feito nas aulas “por fora”. Não passei da velocidade da via, dei passagens, sinalizei para mudar de via, não esquecendo de olhar rapidamente os ângulos mortos, estacionamento, baliza, tudo lindo.

Desliguei o carro com a sensação: “UFA! Arrasei!” Mas eis que o verdadeiro “arraso” ainda estava por vir... O FDP do examinador começou a dizer que o exame tinha ido bem, MAS que eu precisava fazer MAIS atenção aos ângulos mortos, que eu não olhei DIREITO, e que eu fiz uma pedestre entrar em pânico quando fui virar em um cruzamento. A tal pedestre em questão foi uma LOUCA que apareceu do nada, ela vinha correndo desde longe, atravessou correndo e continuou correndo após invadir um sinal que já estava piscando para ela e verde para mim. Detalhe! Mesmo assim eu reduzi quase à zero e deixei ela ter prioridade.

Ele foi me dizendo isso com a cara mais lavada do mundo, sem me olhar nos olhos e eu assim... BEGE!!!!!! Na verdade eu acho que já estava até bege Bahia, que é mais chique, né gente? Afffff... Diferentemente do que as pessoas me conhecem, eu disse com muita calma: “Alors, il faut faire cet examen de noveau?”. “Oui” foi a resposta que eu ouvi. Eu desci do carro calmamente, fui até o guichê, ainda agradeci aquele infeliz (Bonne journée Monsieur) e saí sem um novo exame marcado, pois eu não poderia, naquele momento,fazer outro antes de três semanas, nem marcar para abril, quando não haverá mais neve pelas ruas. Para uma data TÃO distante é preciso tentar pelo telefone e perder uns 45 minutos do meu dia, como aconteceu da última vez.

Eu juro que eu queria MUITO ter xingado alguém, ter batido a mão no balcão e feito um belo de um barraco, mas eu me contive, pois no momento em que a mosquinha pousou atrás da minha orelha eu sabia que não iria passar no meu primeiro exame prático, assim como a maioria das pessoas que eu conheço e que também foram reprovadas na mesma situação. Menos a Eliane que mora aqui há dois anos, ela conseguiu a façanha, mas seu marido não, risos... O lance é tão sério, que os québécois que eu conheço brincaram comigo, “Quer passar na primeira vez, vai fazer teste no interior”.

Daí eu deixo uma questão para aqueles que estão aqui, já fizeram ou ainda vão fazer o teste, e para aqueles que ainda vão imigrar (sejam eles gays, héteros, homens, mulheres, adolescentes, azuis, amarelos, afinal carro é uma das grandes paixões brasileiras): Será que a prova é realmente difícil ou existe alguma regra interna para que a maioria não passe? Lembrem-se, eles são MUITO rigorosos... Será que a SAAQ é uma Instituição Governamental séria ou aprendeu alguns truques dos países pobres e em desenvolvimento quando querem encher os cofres públicos? Afinal, é uma boa idéia fazer dinheiro fácil estimulando a aquisição da carteira de aprendiz (uns 40 dólares), além de cobrar 25 pilas a cada vez que você é obrigado a fazer uma nova prova de direção veicular.
Para nós que não temos alternativas, só resta ficar puto da vida, pois ÇA FAIT CHIER!!!!!!!!! Tá vendo como é fácil aprender uma expressão em francês apenas lendo uma historinha?
Inté... Gilberto Evangelista

sábado, 15 de novembro de 2008

FESTIVAL INTERNATIONAL DE CINEMA LGBT DE MONTRÉAL

Taïwan, República Tcheca, Itália, Canadá, Estados Unidos, Israel, França, Filipinas e nosso querido Brasil. Estes são alguns dos países que têm filmes inscritos no XXI IMAGE + NATION, festival.cinéma.lgbt.montréal. O evento – que encontra sua “versão” brasileira no Mix Brasil, concebido e realizado pelo competente André Fisher e equipe – acontece em Montréal/QC/CA, entre os dias 20 e 30 deste mês de novembro. A bicharada que mora por aqui, ou que esteja de passagem, fazendo o mais fino turismo internacional pode aproveitar esta dica cultural. Para quem quiser fazer a linha patriota, o curta brazuca Pages of a girl / Páginas de Menina (foto), de Mônica Poli Palazzo será apresentado ao lado de outros curtas em sessão marcada para o dia 23, às 19h, no Cinéma Imperial.
O site com as informações completas (sinopse, horários, venda de ingressos, etc) é o http://www.image-nation.org/, que pode ser lido tanto em francês quanto inglês. O preço para cada sessão é um pouco salgado, 11 $ canadenses, 13$ para aqueles considerados como eventos especiais, ou seja, o mesmo de uma sessão de circuito comercial. Ah! Estudante paga 7 doletas. Já dá para pensar no caso, né?

Ai ai, saudades do Mix que cobra precinhos muito mais camaradas, graças ao apoio de instituições como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, que abrem seus espaços culturais para abrigar o evento. Enfim, de qualquer maneira, o Image+Nation de Montréal, que já tem 21 anos é, assim como o Mix, uma boa opção para todo mundo que ainda tem aquela visão arcaica de que gay é sinônimo de bar/boate, pinta e sexo descomprometido. Visão essa que não é exclusividade de hetero mal informado, mas de muito viado que continua se fechando em gueto ou que não escancarou a porta do armário e ainda não está curtindo tudo aquilo que a vida pode oferecer.

Um beijão.

Gilberto Evangelista

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Resultado de uma longa reflexão: TUDO A MESMA MERDA!

Já faz um tempão que devemos respostas para algumas perguntas e demandas que recebemos pelo blog. Afinal, ele não foi criado para ser um canal de informações sobre o processo de imigração para o Québec, mas para traduzir como dois brasileiros gays – que vieram para cá como um casal reconhecido pelo governo – percebem a vida por aqui. O Érico, por exemplo, pediu que eu (Gilberto) soltasse mais a língua ou melhor dizendo, os dedos. O Fernando derivou o pedido, dizendo que eu poderia traduzir emoções vividas em palavras. Não preciso dizer que ele é filósofo né gente? A sumida Manu, que nunca mais deu o ar da graça, perguntou se já tínhamos experimentado o preconceito por sermos gays, mesmo em uma cidade tão plural quanto Montréal. Já o Wly, e mais uma pá de gente, me pergunta como a vida funciona por aqui.

Após muitas questões acumuladas e muito tempo para pensar sobre elas, eu só tenho uma coisa a dizer: É TUDO A MESMA MERDA! Espero que ninguém aí fique chocado ou ofendido, mas é a pura verdade. Digo isso de boca cheia, sem conotação negativa. É preciso ficar claro que realmente não percebo tanta diferença quando olho para a sociedade quebecoise e a brasileira. Claro, aqui as pessoas parecem estar sempre ocupadas, com ar individualista, ouvindo seus ipods ou conectadas à internet através de seus notebooks. Mas, fora a posição geográfica, as condições climáticas, o contexto histórico e algumas diferenças no sistema eleitoral, no frigir dos ovos tudo é igual. Vou exemplificar para ficar mais fácil...
Aqui existe um negócio chamado accomodement raisonnable, que na minha curta compreensão sociológica dos fatos, eu diria que é uma maneira pacífica e razoável para gerir conflitos gerais, mas principalmente para aqueles de ordem interculturais. Façam as contas comigo... De acordo com o senso canadense, Montréal tinha uma população de quase 3 milhões e 600 mil habitantes, no ano de 2006, sendo que mais de 740 mil eram pessoas provenientes de dezenas de países diferentes. Os top five são Itália, Haiti, França, China e Líbano. Sem falar que por todo canto pode-se escutar gente falando espanhol, inglês e até mesmo português. Me digam vocês, como é que pode ter tanta resolução pacífica assim para interesses tão diferentes? E não é difícil ver no jornal que a gangue dos haitianos entrou em conflito com a dos latinos e por aí vai. Eu e o Renato vimos no Mêtro há umas duas semanas dois negros falando para um árabe (funcionário da bilheteria): “Vai comer falafel árabe infeliz!”. Agora, vai saber o que um disse pro outro para chegar nesse ponto.

Quanto à questão de preconceito contra homossexuais, não podemos dizer que sentimos verdadeiramente qualquer reação negativa, mas outro dia passou um carro aqui na rua cheio de moleques gritando com as bichas do Village. Mas isso foi uma vez em quase sete meses por aqui, e um gritinho é o máximo que eles podem fazer contra 11% da população montrealense, também segundo dados oficiais. Em geral, as pessoas fazem assim, se elas não gostam, elas ficam caladas, mas depois, comentam entra elas e dividem seus demônios. O que é um ato civilizado, pois ninguém é obrigado a gostar ou participar, mas respeitar é dever de todos.
Agora, a hipocrisia também tem lugar garantido aqui na América do Norte. No meu trabalho mesmo, se o chefe está por lá, todo mundo arranja um jeito de ficar ocupado, de parecer mais eficiente e de contar vantagem de que está fazendo isso ou aquilo, no mais descarado auto-marketing. E quando ele dá as costas, o povo relaxa igualzinho a muita repartição pública brasileira. E aí daquele que não está presente, pois vira bola da vez das críticas e fofocas dos outros... risos... O que será que eles falam de mim?

E para fechar a lista de exemplos que desmistificam que as coisas por aqui são 100% perfeitas, segue um último caso...

Logo, logo eu vou fazer minha prova de condução veicular no “Detran” daqui. E tenho que admitir que estou com bastante medo, pois muita gente diz que é super-difícil conseguir passar na primeira vez, pois além das pequenas diferenças no estilo de dirigir, eles são muito rígidos em relação às regras. Ok! O que eu decidi fazer então? Tomar aulas na auto-escola. Fui a algumas delas para saber o que tinha que fazer, pois a carteira de identificação que ganhei após a prova teórica não me dá esse direito. BOBAGEM, eles disseram que isso não é verdadeiramente um problema e já tive uma das duas aulas que contratei, fazendo o percurso da prova, em um caminho repleto de outras pessoas fazendo o teste, com a presença de fiscais. Pode???

Depois, quando eu escrevo que as coisas não são tão “especiais” assim, que não sentimos grandes diferenças de nossa terra natal para cá, as pessoas podem pensar que estamos “tirando onda”. Na verdade, não posso negar que Montréal é uma cidade repleta de qualidades, assim como o Québec e o próprio Canadá. A economia forte, a qualidade do serviço público e da educação, o respeito ao próximo, ao diferente, a beleza da natureza, bem como a liberdade e a segurança que experimentamos, não têm igual. Mas, como eu disse, é tudo a mesma merda, pois o problema é um só: onde existe o ser humano, existe espaço para erros, mas também para os acertos. E a grande mágica da vida é tentar se reinventar a cada dia e buscar um mundo melhor... ao menos para aquele que está ao nosso redor. Não é mesmo?

Um grande abraço.

Gilberto Evangelista (Ah! O Renato revisou e deu dicas de ouro dessa vez.)

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

DOIS EM UM

Oi Gente!!! Tudo bem? Como passaram a semana? Por aqui, em Montréal, nós passamos bem. As mudanças de temperatura são chatinhas, mas ainda não estão incomodando pra valer. Na verdade, depois dessa primeira e simpática neve que postei semana passada, estamos sentindo um calor danado, risos... uma coisa assim entre 6 e 18 graus, sabe, com sensação térmica um pouco mais quente do que isso. Aqui eles chamam esse fenômeno de Verão Indiano, um calor fora de época, que acontece justo no fim de outubro, início de novembro, ou seja, entre o outono e o inverno que está para chegar. Por acaso, esse verão dos índios também acontece no hemisfério sul, por volta de abril e maio. Por isso mesmo, estamos aproveitando bastante para nos divertir. E é justo sobre isso esta postagem, que ganhou o simpático título de DOIS EM UM, pois vou aproveitar para falar dos últimos agitos do fim de semana.... vamos à eles de marcha à ré(kkkkkkkk...) Espero que gostem.

DELÍCIA DE ALMOÇO
No último domingo, dia 02 de novembro, eu e o Renato fomos almoçar na casa de um casal amigo, André e Simon (foto abaixo). Eles são naturais daqui mesmo do Canada, da província de Nouveau-Brunswick, que é a única província aficialmente bilingue do país. Eles prepararam para nós um delicioso almoço de domingo, igual ao que eles estão acostumados a comer na casa dos seus pais. Eu, que até o momento não tinha comido nada tão interessante originário daqui, tenho que admitir: estava um primor. Tratava-se de um jambon (presunto) assado no forno, que ganhava, vez em quando, uma nova regada de suco de maçã.... hummmm, que perfume. Para acompanhar, eles fizeram uma saladinha de cenoura com uva passa, e batatas gratinadas. A entrada foi uma salada grega.
Quem me conhece sabe que ADORO comer e fazer um bom prato. Mas esse post não é para registrar uma coisa que todos os amigos estão carecas de saber, mas para registrar que essa foi a primeira vez que tomei caipirinha depois de mais de seis meses. GEEEEENTEEEEEE, que saudade gustativa da porra!!! Eu já disse uma vez e repito na boa, eu ainda não senti "SAUDADES" roxas do Brasil, mas que essa caipirinha tava boa, aaaaaaaa, isso tava. Também, modéstia a parte, foi eu quem fez, hehehehehe... O Simon teve a coragem de pagar 30 dólares na garrafa de cachaça que, segundo ele, só se encontra no SAQ Rosemont - segue a dica para quem está por aqui e quer tomar uma dose. O mais engraçado é que eu decidi levar cerveja Brahma para o almoço, afinal ela estava em promoção aqui no Dépanneur du Village, e foi a primeira vez também que tomei a bière brasileira nas terras do norte. Detalhe, o gosto é outro, bem diferente, mais refrescante, um pouco mais encorpada, gostosa, menos ordinária.

A única coisa chata foi ter que trabalhar depois... mas ao menos, fui bem mais "feliz", kkkkk, seguem as fotos.
Detalhe, nesse 3 em 1 estava passando um programa de música hip-hop, até Tati Quebra Barraco a gente pode ouvir, mais brasileiro que esse almoço, impossível.

PRIMEIRO HALLOWEN
Na sexta-feira, dia 31 de outubro foi o dia das bruxas. Como todo mundo sabe, em muitos países é tradição comemorar esse dia com as famosas festas de Hallowen, mas que não chega a ser um costume típico no Brasil. A gente até tem as festas à fantasia, mas não necessariamente no dia 31. Eu até fui atrás de alguma explicação sobre sua origem, e descobri que o Hallowen é um evento originário entre os Celtas e Druidas, povos que habitavam a Irlanda e a Grã -Bretanha. Eles acreditavam que na noite de 31 de outubro as leis do tempo e do espaço eram suspensas. Por causa disto, os espíritos vagavam livremente e os mortos visitavam seus antigos lares para exigirem comida. Para afugentar as assombrações, as pessoas saiam às ruas fantasiadas de monstros e fantasmas, fazendo grande barulho. E foi exatamente isso que vimos por aqui na última sexta. Depois do fim do verão e da pietonização da Sainte Catherine Est, eu não tinha visto TANTA gente na rua como nessa noite.

O mais legal é que o povo entra mesmo no clima. Os bares ficam cheios, as boates lotadas e muitas casas são decoradas. O Marcos e o Israel, nossos amigos presentes em outros posts, decidiram fazer uma festa na casa deles, e capricharam em todos os detalhes. Tinha mais ou menos umas vinte pessoas, eu e o Renato entre elas. A noite foi até tarde e deixo para vocês algumas das imagens mágicas dessa que foi a nossa primeira festa de Hallowen.
Eu e o Renato
Mark de fantasma.
A Chris com seu Incrível Hulk (que tava mais a cara do Shrek)
Marcos e Israel
Ana e Ricardo

Ui, que mêda!!!! kkkk... Um abraço a todos. Inté.

Gilberto Evangelista