Quem já mudou de cidade sabe como é difícil se alimentar nos primeiros dias, e quando essa mudança é para outro país, afff Maria, como essa tarefa fica MUITO mais complicada.
Não sei o que acontece, mas em uma cidade como Montréal fast-food parece ser a única opção existente. O cardápio pouco variado é inevitável, pois o carboidrato está presente sob as mais variadas formas de pizzas, massas, pães, cookies, etc. Sem falar no café que é um verdadeiro chá, uma heresia para um mineiro e um brasiliense acostumados com expressos fortíssimos. Só que isso vamos deixar para outro post...
E não adianta você pensar aí do outro lado da tela: “que bobinhos, por que eles não vão ao supermercado e cozinham em casa mesmo?” Não é a mesma coisa... TUDO É DIFERENTE. Parece mentira, mas é verdade. O que tem de suco sem açúcar, sal que não salga, manteiga sem sabor e tempero que não tempera, não está no gibi. E não dá para ficar só na base do macarrão, o alimento mais parecido com o que temos no Brasil, pois é cair no carboidrato de novo. Além do que, ainda estamos saindo da fase “quanto seria isso em real?”. Fazer o quê? Acontece.
Enfim, o que importa é que nosso suplício terminou ontem (domingo, 27 de abril), quando nosso amigo Fernando nos levou até o quarteirão chinês e nos apresentou um restaurante GIGANTE com umas 200 mesas, com um Buffet GIGANTE também.
Se eu não me engano, o nome do restaurante é TOUS LES JOURS, mas acho que pode não ser, pois era o que estava escrito logo abaixo de grandes palavras em chinês. Vou pegar o nome e o endereço corretos da próxima vez, quando eu for lá com menos fome, afinal, já eram 16h30 e nõs não havíamos almoçado, pois ficamos curtindo o TAM-TAMS no Parc Mont-Royal (fotos abaixo).
Ah! O melhor de tudo em relação ao restaurante: o preço. Uma verdadeira pechinha, ele varia conforme o horário. De manhã um valor, de tarde outro, mais tarde outro. Isso prometo colocar mais direitinho depois também. O que eu sei é que pagamos $ 9,00 com as taxas inclusas para comer o quanto quisesse e conseguisse, ou seja, de graça. Lógico, como já dizia o velho ditado: “quem nunca comeu melado, quando como se lambuza”, e nós não fugimos à regra. As fotos que vocês verão abaixo já são do segundo prato de cada um (o meu, o do Renato e o do Fernando – na ordem). Sem falar que eu e o Fernando ainda comemos a sobremesa, hehehehehehe.... Mas vamos dar um desconto, nós não jantamos nesse dia.
Uma das coisas que o Renato achou mais diferente nas opções foi a carne de porco temperada somente com açúcar, ficou diferente, mas gostoso segundo ele.
Pra finalizar, segue a foto de nós 3 com a Délia, uma Nova Iorquina da gema, que morou no Brasil por 6 meses e estava na mesa ao lado. Ela disse que estava amando ouvir português (mesmo que os assuntos não tenham sido os mais recatados e polidos... risos), pois adora o nosso país. Apesar de que o sotaque mineiro do Renato era uma novidade para ela que ainda não havia escutado o legítimo minereis. Por isso, segue mais uma dica preciosa, em cidades cosmopolitas como Montréal, cuidado com o que se fala na língua natal, você nunca vai saber quem estará lhe entendendo ou não.
Beijos do Giba.