domingo, 21 de dezembro de 2008

FELIZ NATAL!!! FELIZ ANO NOVO

Oi, oi, oi TODO MUNDO!!!

Gente, o sumiço não tem outra explicação senão a correria que é o mês de dezembro, que é igual em qualquer parte do mundo: acumulo de trabalho, de tarefas escolares, de festinhas de fim de ano, corre-corre, 1000 coisas... por isso, DESCULPEM a falta de informações no últimos dias. Mas, agora que teremos 2 semanas de férias escolares (e como a neve não dá um sossego lá do lado de fora), prometemos MUITOS posts cheios de informações. Até o Renato já escreveu um bem legal, que vai ficar para mais tarde um pouco, pois agora chegou a hora de mandarmos a todos vocês nosso FELIZ NATAL E FELIZ 2009. Para isso, fizemos um vídeo, aqui da sacada de casa, que está disponível logo abaixo. Se não der certo, tem também o link com o endereço do mesmo no youtube (http://fr.youtube.com/watch?v=XFchoR-fb8U). A idéia era pegar um dia que a neve estivesse caindo e demos sorte, pois neste domingo dia 21 - e não dia 20 como eu digo erroneamente no vídeo, caiu bastante. Esperamos que gostem e em 2009 estaremos aqui com vocês, mesmo que virtualmente, divididindo os momentos especiais como este aqui. Um beijão!!!!

Gilberto e Renato


terça-feira, 2 de dezembro de 2008

BRASIL NO TELÃO DE MONTRÉAL

Amém! Aleluila! Glória! Glória! Glória!
Ao menos uma vez nós pudemos ler uma BOA notícia na mídia local do nosso querido Brasil. Na última sexta-feira, o jornal Métro trouxe (na página 21) uma matéria de 1/4 de página sobre o Festival du Film Brésilien de Montréal, que acontece no cinema do Parc, entre os dias 5 a 11 de dezembro. Nas duas últimas vezes que me lembro, uma foi sobre as chuvas/enchentes em Santa Catarina (diga-se de passagem, fica registrado aqui nossos sinceros sentimentos aos milhares de pessoas que enfrentam uma situação bem delicada e o nosso desejo de que tudo possa logo, logo ficar numa boa). A outra notícia foi quando uma senhora morreu atingida pelo caixão do marido na ida para o enterro dele.
Enfim, voltando ao assunto, a segunda edição do festival de filmes brazucas - que ano passado contou com cerca de 1500 espectadores - traz como temática a Bossa Nova. Na telona do cinema do Parc, os québécois e todos os representantes das mais de 100 nacionalidades que habitam a ilha vão poder descobrir que o Brasil não é apenas carnaval, mulata e futebol. Para os conterrâneos que estão por aqui, esta é uma chance para matar saudades da terrinha natal.
Para quem quiser saber a programação completa, horários, acompanhar notícias, o site do evento é o: http://www.brazilfilmfest.net/montreal/fra/thefestival.htm. Tem também o blog do festival: http://www.ffbresil-montreal.blogspot.com/.
Ah! Antes que eu esqueça... quem estiver por aqui em Montréal, pode mandar um email para o endereço filmbresilien@journalmetro.com . O jornal Métro vai sortear 5 passaportes para quem quiser ver todos os filmes de graça! Eu já mandei... Tem cada coisa boa na programação que vale à pena tentar a sorte: Bossa Nova (Bruno Barreto), Primo Basílio (Daniel Filho), Vinícius (Miguel Faria Júnior), Cazuza, O Tempo não Pára (Walter Carvalho e Sandra Werneck), Mutum (Sandra Kogut), Os Dois Filhos de Francisco (Breno Silveira) e MUITO MAIS.

Um abração e sucesso ao Festival do Filme Brasileiro de Montréal.

Ps. Ai ai... deu até saudade da Tátika Comunicação e Produção, pois minha antiga assessoria de imprensa é que faz os lançamentos de todos os filmes da Walt-Disney / Buena Vista International, que distribuiu Primo Basílio em todo o país. Nós fizemos um ótimo trabalho né chefitcha Kátia? Um beijo para Turrona, Nívea, Vini, Monicat, Aldeir, DANI e ÉRICO também!!!

Gilberto Evangelista

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

CADA UM SABE A DOR E A DELÍCIA DE SER O QUE É...

Mesmo em meio à correria que está esses últimos dias, não quero deixar passar em branco (ai que clichê mais horroroso Meu Deus... dane-se!). Então, não quero deixar passar em branco o dia de hoje, dia PRIMEIRO DE DEZEMBRO, DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS. Mesmo porque, a Aids já deixou de ser uma doença de “viado” há muito tempo, por isso mesmo acho que esse post pode ser interessante para todo mundo que acessa o blog Nós2EmQuébec.

Vamos à ele...

Hoje, a Aids é uma “velha danada” que continua causando vítimas e o que é pior: hoje qualquer um pode viver muito bem infectado com o vírus HIV, com uma aparência de atleta olímpico.

CALMA!!!! Eu explico porque utilizei a expressão “e o que é pior”... Vez em quando eu paro para pensar como seria meu comportamento sexual se eu tivesse apenas 20 aninhos e não tivesse conhecido, DE PERTO, o que a Aids pode fazer com uma pessoa. Ok! Ela fazia um grande estrago quando não podia ser controlada, hoje, pode-se se ter qualidade de vida mesmo estando contaminado pelo HIV. Eu sei disso e acho uma grande maravilha essa possibilidade. Mas, a questão é mais profunda. Como um jovem, que tem essa noção de que a Aids pode ser “só mais uma doença” vai querer se proteger da maneira correta?

No dia 11 de novembro, saiu no jornal Métro, aqui em Montréal, uma matéria de página inteira falando sobre o barebacking, que é o ato de se fazer sexo anal sem a utilização da camisinha. Daí eu pensei: “Uau! Uma matéria como essa, que alerta para o perigo dessa prática em um jornal popular de grande circulação... isso sim é um sinônimo de modernidade”, pois discutir, falar, explicar as coisas assim como elas são, isso sim é bacana e pode ajudar muita gente.

Por isso eu não queria deixar este dia passar assim, sem deixar um alerta, um convite para você que está lendo descompromissadamente este blog. Quem sabe você pode vir a roubar 1, 2, 5 minutos do seu dia para pensar sobre o assunto.

Em 2008, fazem 25 anos que o vírus HIV foi identificado. De lá para cá milhões de pessoas já morreram vítimas da Aids e outros 33 milhões e 200 mil pessoas vivem com o vírus hoje, em todo o mundo. Estes dados são Organização Mundial da Saúde/ONU. 68% das pessoas infectadas vivem no continente africano, ou seja, em um ambiente onde a doença é sinônimo de morte. Nos países em desenvolvimento, cerca de 95% das vítimas não recebem o tratamento adequado, uma realidade diferente do Brasil, por exemplo, onde o Governo afirma que todos que precisarem podem procurar a rede pública de saúde. Mas, por outro lado, é no nosso querido país que os casos de proliferação do vírus vêm crescendo entre os heterossexuais com mais de 50 anos. Inclusive, neste link você pode saber mais detalhes sobre essa informação. (http://www.aids.gov.br/data/Pages/LUMISE77B47C8ITEMID1BFB10FC84644E5E91D4B5EE002FE310PTBRIE.htm). Neste outro (http://www.aids.gov.br/) você pode saber várias outras. Há muito tempo eu aprendi que o maior inimigo de um vírus tão “esperto” quanto o HIV é a quantidade de informação de qualidade que a gente pode ter sobre ele e saber “respeitá-lo” na medida exata.

Logo no começo deste post, eu tinha pensado em escrever sobre diversos assuntos, como: troca-troca de casais, estilo Audi de Viver (sexo A3, A4, A5, A1000), fist fucking (vulgo mãozada no cú, mas o povo anda tão moderno que até pé, tubo de shampoo, cone de trânsito já virou acessório sexual), festa do chocolate, sexo bizarro – côco e xixi, etc, etc... Mas aí eu pensei: “Gente, como diz meu amigo Caetano na música que não poderia ter título melhor do que Dom de Iludir, cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é...”. Por isso, aproveitem bem a sua sexualidade e que o moralismo alheio vá para o inferno (olha o Roberto Carlos aqui também, risos), mas só não deixe que o seu prazer coloque um ponto final antes que sua história chegue ao fim.

(affff.... que frase de efeito brega essa que eu arranjei para terminar o post...)

Um beijo para todo mundo. Inté.

Gilberto Evangelista

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

LE BEAUJOLAIS NOVEAU EST ARRIVÉ!!!!!!!!

Aleluia! Aleluia!!!! Depois de alguns anos de seca, eu e o Renato vamos poder degustar, mais uma vez, o tão festejado Beaujolais Noveau. Este vinho que é amado por alguns e detestado por outros chega até os consumidores de todo o mundo sempre nesta terceira quinta-feira do mês de novembro. Eu (Gilberto) me encontro entre aqueles que adoram tomar ao menos uma garrafa desse vinho jovem, saboroso e dono de um charme todo especial. Sem falar que, para aqueles que querem imigrar para um país francófono, essa pode ser mais uma informação útil/inútil da francofonia.

Voltando ao assunto..., eu admito que posso até ser mais um dos que foram conquistados pelo grande esquema de marketing que ele possuiu, mas minha paixão vem desde 1997, quando trabalhava no restaurante Alice e bebi uma primeira taça. Depois disso consegui tomar alguns anos sobressaltados, mas na maioria das vezes fiquei só no desejo pois a Mistral, a importadora que leva o vinho para o Brasil faz pré-venda para seus compradores fiéis, não sobrando nada para os pobres comuns que, como eu, adorariam ter o prazer de abrir uma garrafa depois de ver uma matéria na televisão, num jornal, escutar no rádio ou até mesmo ler qualquer coisa em um blog como este.

Eu sei que entre os felizardos clientes da Mistral estão alguns restaurantes do país, o que ainda dá a chance para muita gente aproveitar a oportunidade em vários cantos do nosso país que adora cerveja, mas já aprendeu há muito tempo apreciar um bom vinho. Para quem está por aqui em Montréal, a SAQ, empresa do governo que vende TODAS as bebidas alcoólicas na província, tem algumas garrafas que não demoram a acabar, segundo o vendedor.

Para aqueles que estão lendo este post, gostam de uma garrafinha de vinho e quiserem mais informações sobre o Beaujolais Noveau eu selecionei alguns links que falam um pouco mais sobre a bebida tanto em Português (http://www.mistral.com.br/product.aspx?idproduct=18320), quanto em Inglês (http://www.intowine.com/beaujolais2.html) e em Francês (http://www.01men.com/editorial/333140/vin-/).

TIN-TIN!!!!!!!!! (hehehehehe.... imagem das duas garrafitchas que consegui comprar)

SALON DU LIVRE DE MONTRÉAL



Este post aqui entra na categoria INFORMAÇÃO CULTURAL da bela e efervescente Montréal.

Quem estiver pela cidade pode aproveitar o a 31ª Edition du Salon du Livre de Montréal, que tem como slogan a frase: “L’Amour au coeur du livre”. O evento abriu suas portas ontem, dia 19, e vai até segunda-feira que vem, dia 24 de novembro (www.salondulivredemontreal.com).

Assim como todos salões de livros, os preços são os mesmos daqueles que você pode encontrar nas livrarias, algumas vezes até mais caro. O bom é que você tem a sua disposição uma gama gigantesca de opções, tanto em inglês, como em francês.

Por falar em boas opções, eu e o Renato temos tido boas experiências com as leituras sugeridas na escola. Depois de lermos o livro Les Aurores Montréales, de Monique Proulx, estamos descobrindo a primeira obra gay do autor mais celébre do Québec, Michel Tremblay. O nome do livro é Le Coeur Découvert.

Para adicionar um pouco mais de informação neste post...

Monique Proulx tem uma escrita dura, rápida e que incomoda aqueles que se aventuram em suas páginas. Ao mesmo tempo ela é excitante e provocante, despertando o interesse de seguir adiante com a leitura, sem parar. Seu trabalho tem característica urbana, mas ela acabou de lançar um livro chamado Champagne, onde ela faz um belo retrato da região de Mont-Tremblant, aqui do ladinho de Montréal; um lugar especial, que possui uma geografia perfeita. Aos 56 anos ela já ganhou e continua sendo indicada para vários prêmios de literatura. Na semana passada ela deu uma palestra na escola e deixou todos encantados com sua simplicidade. Seguem algumas fotinhas e, claro, eu não deixei de fazer uma perguntinha durante o evento, além de dar uma boa tricotada após.


Quanto a Michel Tremblay, trata-se do maior autor do Québec e um dos grandes do Canadá. Ele mora por aqui no nosso bairro, o Village, mas só quando já tinha saboreado o sucesso decidiu explorar o tema homossexualidade em algumas de suas obras. Autor de mais de 50 livros, tem uma grande produção de textos para teatro, onde Les Belles-Soeurs é sua peça mais conhecida. Ele já foi traduzida para mais de 15 idiomas.
Infelizmente, nem Mme Proulx ou M. Tremblay tem algum de seus livros traduzidos para o português, tampouco qualquer outro autor québécois. Ao menos foi o que descobri nas minhas pesquisas pela internet. Se alguém souber qualquer coisa diferente, me avisa que coloco um post retificando a informação.

Um grande abraço.

Gilberto Evangelista

ÇA FAIT CHIER!!!!!!!!

Todo mundo sabe, nada melhor que o tempo para superar momentos difíceis, esquecer problemas, perdas, raivas, etc... Graças ao tempo que separa esta quinta-feira, dia 20, da última segunda, dia 17, vocês vão poder ler um post, como vamos dizer, muito mais educado, polido, civilizado. É verdade, pois se eu tivesse escrito no calor do momento (uh-lá-lá), acho que teríamos perdido alguns dos leitores queridos pelo tanto de palavrão que eu queria escrever... risos.

Vamos à odisséia...

Na última quinta, dia 13, eu escrevi um texto chamado Tudo a Mesma Merda, onde eu falo sobre as semelhanças entre nosso amado Brasil e a nova pátria adotada, Québec/CA. Quem não se lembra é só descer alguns degraus abaixo. Então, lá tem uma parte que é sobre a preparação para minha prova de direção veicular, que aconteceu dia 17, às 9h20. Como eu tinha contado, eu peguei umas aulinhas, “por fora”, para poder me familiarizar com o carro modelo automático (que é mais fácil de dirigir do que mastigar gelatina, até um banguelo consegue) e com o trajeto. Fiz isso para pegar os macetes e tal.
Tudo bonito, tudo certo, hora marcada lá estava eu sendo chamado no guichê da famosa SAAQ (Sociéte de l’Assurance Automobile du Québec), equivalente ao nosso DETRAN. O rapaz que me atendeu, estagiário com forte sotaque árabe, mandou de cara a seguinte pergunta: “Você tem a carteira de aprendiz?”. Eu respondi que não, pois já dirigia no meu país desde os 17 anos e queria só validar a minha carteira aqui. Daí ele perguntou: “Então está é a primeira vez que você vai fazer a prova prática?”. A afirmativa pulou da minha boca, ao mesmo tempo em que uma mosquinha pousou atrás da minha orelha e eu pensei: “Hummm, perguntinha mais esquisita essa...”, mas tudo bem, vamos em frente.

O rapaz chamou a funcionária québécoise que estava lhe dando o treinamento e lhe reportou as perguntas e as respostas. Ela e ele mexeram daqui e dali nesse computador, imprimiram alguns papéis que eu assinei e me pediram para pagar os 25 dólares, preço para fazer o exame (fora os 40 do aluguel do carro que é a parte) Eu saquei o cartão, paguei e voltei para minha cadeira, onde não esperei mais do que 3 minutos para ser chamado pelo examinador. Ele pareceu gentil. Sério, mas gentil. Foi logo ligando a chave, mesmo estando no acento do passageiro, para ligar o aquecimento interior do carro. Saímos, eu segui suas ordens e fiz tudo como havia feito nas aulas “por fora”. Não passei da velocidade da via, dei passagens, sinalizei para mudar de via, não esquecendo de olhar rapidamente os ângulos mortos, estacionamento, baliza, tudo lindo.

Desliguei o carro com a sensação: “UFA! Arrasei!” Mas eis que o verdadeiro “arraso” ainda estava por vir... O FDP do examinador começou a dizer que o exame tinha ido bem, MAS que eu precisava fazer MAIS atenção aos ângulos mortos, que eu não olhei DIREITO, e que eu fiz uma pedestre entrar em pânico quando fui virar em um cruzamento. A tal pedestre em questão foi uma LOUCA que apareceu do nada, ela vinha correndo desde longe, atravessou correndo e continuou correndo após invadir um sinal que já estava piscando para ela e verde para mim. Detalhe! Mesmo assim eu reduzi quase à zero e deixei ela ter prioridade.

Ele foi me dizendo isso com a cara mais lavada do mundo, sem me olhar nos olhos e eu assim... BEGE!!!!!! Na verdade eu acho que já estava até bege Bahia, que é mais chique, né gente? Afffff... Diferentemente do que as pessoas me conhecem, eu disse com muita calma: “Alors, il faut faire cet examen de noveau?”. “Oui” foi a resposta que eu ouvi. Eu desci do carro calmamente, fui até o guichê, ainda agradeci aquele infeliz (Bonne journée Monsieur) e saí sem um novo exame marcado, pois eu não poderia, naquele momento,fazer outro antes de três semanas, nem marcar para abril, quando não haverá mais neve pelas ruas. Para uma data TÃO distante é preciso tentar pelo telefone e perder uns 45 minutos do meu dia, como aconteceu da última vez.

Eu juro que eu queria MUITO ter xingado alguém, ter batido a mão no balcão e feito um belo de um barraco, mas eu me contive, pois no momento em que a mosquinha pousou atrás da minha orelha eu sabia que não iria passar no meu primeiro exame prático, assim como a maioria das pessoas que eu conheço e que também foram reprovadas na mesma situação. Menos a Eliane que mora aqui há dois anos, ela conseguiu a façanha, mas seu marido não, risos... O lance é tão sério, que os québécois que eu conheço brincaram comigo, “Quer passar na primeira vez, vai fazer teste no interior”.

Daí eu deixo uma questão para aqueles que estão aqui, já fizeram ou ainda vão fazer o teste, e para aqueles que ainda vão imigrar (sejam eles gays, héteros, homens, mulheres, adolescentes, azuis, amarelos, afinal carro é uma das grandes paixões brasileiras): Será que a prova é realmente difícil ou existe alguma regra interna para que a maioria não passe? Lembrem-se, eles são MUITO rigorosos... Será que a SAAQ é uma Instituição Governamental séria ou aprendeu alguns truques dos países pobres e em desenvolvimento quando querem encher os cofres públicos? Afinal, é uma boa idéia fazer dinheiro fácil estimulando a aquisição da carteira de aprendiz (uns 40 dólares), além de cobrar 25 pilas a cada vez que você é obrigado a fazer uma nova prova de direção veicular.
Para nós que não temos alternativas, só resta ficar puto da vida, pois ÇA FAIT CHIER!!!!!!!!! Tá vendo como é fácil aprender uma expressão em francês apenas lendo uma historinha?
Inté... Gilberto Evangelista

sábado, 15 de novembro de 2008

FESTIVAL INTERNATIONAL DE CINEMA LGBT DE MONTRÉAL

Taïwan, República Tcheca, Itália, Canadá, Estados Unidos, Israel, França, Filipinas e nosso querido Brasil. Estes são alguns dos países que têm filmes inscritos no XXI IMAGE + NATION, festival.cinéma.lgbt.montréal. O evento – que encontra sua “versão” brasileira no Mix Brasil, concebido e realizado pelo competente André Fisher e equipe – acontece em Montréal/QC/CA, entre os dias 20 e 30 deste mês de novembro. A bicharada que mora por aqui, ou que esteja de passagem, fazendo o mais fino turismo internacional pode aproveitar esta dica cultural. Para quem quiser fazer a linha patriota, o curta brazuca Pages of a girl / Páginas de Menina (foto), de Mônica Poli Palazzo será apresentado ao lado de outros curtas em sessão marcada para o dia 23, às 19h, no Cinéma Imperial.
O site com as informações completas (sinopse, horários, venda de ingressos, etc) é o http://www.image-nation.org/, que pode ser lido tanto em francês quanto inglês. O preço para cada sessão é um pouco salgado, 11 $ canadenses, 13$ para aqueles considerados como eventos especiais, ou seja, o mesmo de uma sessão de circuito comercial. Ah! Estudante paga 7 doletas. Já dá para pensar no caso, né?

Ai ai, saudades do Mix que cobra precinhos muito mais camaradas, graças ao apoio de instituições como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, que abrem seus espaços culturais para abrigar o evento. Enfim, de qualquer maneira, o Image+Nation de Montréal, que já tem 21 anos é, assim como o Mix, uma boa opção para todo mundo que ainda tem aquela visão arcaica de que gay é sinônimo de bar/boate, pinta e sexo descomprometido. Visão essa que não é exclusividade de hetero mal informado, mas de muito viado que continua se fechando em gueto ou que não escancarou a porta do armário e ainda não está curtindo tudo aquilo que a vida pode oferecer.

Um beijão.

Gilberto Evangelista

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Resultado de uma longa reflexão: TUDO A MESMA MERDA!

Já faz um tempão que devemos respostas para algumas perguntas e demandas que recebemos pelo blog. Afinal, ele não foi criado para ser um canal de informações sobre o processo de imigração para o Québec, mas para traduzir como dois brasileiros gays – que vieram para cá como um casal reconhecido pelo governo – percebem a vida por aqui. O Érico, por exemplo, pediu que eu (Gilberto) soltasse mais a língua ou melhor dizendo, os dedos. O Fernando derivou o pedido, dizendo que eu poderia traduzir emoções vividas em palavras. Não preciso dizer que ele é filósofo né gente? A sumida Manu, que nunca mais deu o ar da graça, perguntou se já tínhamos experimentado o preconceito por sermos gays, mesmo em uma cidade tão plural quanto Montréal. Já o Wly, e mais uma pá de gente, me pergunta como a vida funciona por aqui.

Após muitas questões acumuladas e muito tempo para pensar sobre elas, eu só tenho uma coisa a dizer: É TUDO A MESMA MERDA! Espero que ninguém aí fique chocado ou ofendido, mas é a pura verdade. Digo isso de boca cheia, sem conotação negativa. É preciso ficar claro que realmente não percebo tanta diferença quando olho para a sociedade quebecoise e a brasileira. Claro, aqui as pessoas parecem estar sempre ocupadas, com ar individualista, ouvindo seus ipods ou conectadas à internet através de seus notebooks. Mas, fora a posição geográfica, as condições climáticas, o contexto histórico e algumas diferenças no sistema eleitoral, no frigir dos ovos tudo é igual. Vou exemplificar para ficar mais fácil...
Aqui existe um negócio chamado accomodement raisonnable, que na minha curta compreensão sociológica dos fatos, eu diria que é uma maneira pacífica e razoável para gerir conflitos gerais, mas principalmente para aqueles de ordem interculturais. Façam as contas comigo... De acordo com o senso canadense, Montréal tinha uma população de quase 3 milhões e 600 mil habitantes, no ano de 2006, sendo que mais de 740 mil eram pessoas provenientes de dezenas de países diferentes. Os top five são Itália, Haiti, França, China e Líbano. Sem falar que por todo canto pode-se escutar gente falando espanhol, inglês e até mesmo português. Me digam vocês, como é que pode ter tanta resolução pacífica assim para interesses tão diferentes? E não é difícil ver no jornal que a gangue dos haitianos entrou em conflito com a dos latinos e por aí vai. Eu e o Renato vimos no Mêtro há umas duas semanas dois negros falando para um árabe (funcionário da bilheteria): “Vai comer falafel árabe infeliz!”. Agora, vai saber o que um disse pro outro para chegar nesse ponto.

Quanto à questão de preconceito contra homossexuais, não podemos dizer que sentimos verdadeiramente qualquer reação negativa, mas outro dia passou um carro aqui na rua cheio de moleques gritando com as bichas do Village. Mas isso foi uma vez em quase sete meses por aqui, e um gritinho é o máximo que eles podem fazer contra 11% da população montrealense, também segundo dados oficiais. Em geral, as pessoas fazem assim, se elas não gostam, elas ficam caladas, mas depois, comentam entra elas e dividem seus demônios. O que é um ato civilizado, pois ninguém é obrigado a gostar ou participar, mas respeitar é dever de todos.
Agora, a hipocrisia também tem lugar garantido aqui na América do Norte. No meu trabalho mesmo, se o chefe está por lá, todo mundo arranja um jeito de ficar ocupado, de parecer mais eficiente e de contar vantagem de que está fazendo isso ou aquilo, no mais descarado auto-marketing. E quando ele dá as costas, o povo relaxa igualzinho a muita repartição pública brasileira. E aí daquele que não está presente, pois vira bola da vez das críticas e fofocas dos outros... risos... O que será que eles falam de mim?

E para fechar a lista de exemplos que desmistificam que as coisas por aqui são 100% perfeitas, segue um último caso...

Logo, logo eu vou fazer minha prova de condução veicular no “Detran” daqui. E tenho que admitir que estou com bastante medo, pois muita gente diz que é super-difícil conseguir passar na primeira vez, pois além das pequenas diferenças no estilo de dirigir, eles são muito rígidos em relação às regras. Ok! O que eu decidi fazer então? Tomar aulas na auto-escola. Fui a algumas delas para saber o que tinha que fazer, pois a carteira de identificação que ganhei após a prova teórica não me dá esse direito. BOBAGEM, eles disseram que isso não é verdadeiramente um problema e já tive uma das duas aulas que contratei, fazendo o percurso da prova, em um caminho repleto de outras pessoas fazendo o teste, com a presença de fiscais. Pode???

Depois, quando eu escrevo que as coisas não são tão “especiais” assim, que não sentimos grandes diferenças de nossa terra natal para cá, as pessoas podem pensar que estamos “tirando onda”. Na verdade, não posso negar que Montréal é uma cidade repleta de qualidades, assim como o Québec e o próprio Canadá. A economia forte, a qualidade do serviço público e da educação, o respeito ao próximo, ao diferente, a beleza da natureza, bem como a liberdade e a segurança que experimentamos, não têm igual. Mas, como eu disse, é tudo a mesma merda, pois o problema é um só: onde existe o ser humano, existe espaço para erros, mas também para os acertos. E a grande mágica da vida é tentar se reinventar a cada dia e buscar um mundo melhor... ao menos para aquele que está ao nosso redor. Não é mesmo?

Um grande abraço.

Gilberto Evangelista (Ah! O Renato revisou e deu dicas de ouro dessa vez.)

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

DOIS EM UM

Oi Gente!!! Tudo bem? Como passaram a semana? Por aqui, em Montréal, nós passamos bem. As mudanças de temperatura são chatinhas, mas ainda não estão incomodando pra valer. Na verdade, depois dessa primeira e simpática neve que postei semana passada, estamos sentindo um calor danado, risos... uma coisa assim entre 6 e 18 graus, sabe, com sensação térmica um pouco mais quente do que isso. Aqui eles chamam esse fenômeno de Verão Indiano, um calor fora de época, que acontece justo no fim de outubro, início de novembro, ou seja, entre o outono e o inverno que está para chegar. Por acaso, esse verão dos índios também acontece no hemisfério sul, por volta de abril e maio. Por isso mesmo, estamos aproveitando bastante para nos divertir. E é justo sobre isso esta postagem, que ganhou o simpático título de DOIS EM UM, pois vou aproveitar para falar dos últimos agitos do fim de semana.... vamos à eles de marcha à ré(kkkkkkkk...) Espero que gostem.

DELÍCIA DE ALMOÇO
No último domingo, dia 02 de novembro, eu e o Renato fomos almoçar na casa de um casal amigo, André e Simon (foto abaixo). Eles são naturais daqui mesmo do Canada, da província de Nouveau-Brunswick, que é a única província aficialmente bilingue do país. Eles prepararam para nós um delicioso almoço de domingo, igual ao que eles estão acostumados a comer na casa dos seus pais. Eu, que até o momento não tinha comido nada tão interessante originário daqui, tenho que admitir: estava um primor. Tratava-se de um jambon (presunto) assado no forno, que ganhava, vez em quando, uma nova regada de suco de maçã.... hummmm, que perfume. Para acompanhar, eles fizeram uma saladinha de cenoura com uva passa, e batatas gratinadas. A entrada foi uma salada grega.
Quem me conhece sabe que ADORO comer e fazer um bom prato. Mas esse post não é para registrar uma coisa que todos os amigos estão carecas de saber, mas para registrar que essa foi a primeira vez que tomei caipirinha depois de mais de seis meses. GEEEEENTEEEEEE, que saudade gustativa da porra!!! Eu já disse uma vez e repito na boa, eu ainda não senti "SAUDADES" roxas do Brasil, mas que essa caipirinha tava boa, aaaaaaaa, isso tava. Também, modéstia a parte, foi eu quem fez, hehehehehe... O Simon teve a coragem de pagar 30 dólares na garrafa de cachaça que, segundo ele, só se encontra no SAQ Rosemont - segue a dica para quem está por aqui e quer tomar uma dose. O mais engraçado é que eu decidi levar cerveja Brahma para o almoço, afinal ela estava em promoção aqui no Dépanneur du Village, e foi a primeira vez também que tomei a bière brasileira nas terras do norte. Detalhe, o gosto é outro, bem diferente, mais refrescante, um pouco mais encorpada, gostosa, menos ordinária.

A única coisa chata foi ter que trabalhar depois... mas ao menos, fui bem mais "feliz", kkkkk, seguem as fotos.
Detalhe, nesse 3 em 1 estava passando um programa de música hip-hop, até Tati Quebra Barraco a gente pode ouvir, mais brasileiro que esse almoço, impossível.

PRIMEIRO HALLOWEN
Na sexta-feira, dia 31 de outubro foi o dia das bruxas. Como todo mundo sabe, em muitos países é tradição comemorar esse dia com as famosas festas de Hallowen, mas que não chega a ser um costume típico no Brasil. A gente até tem as festas à fantasia, mas não necessariamente no dia 31. Eu até fui atrás de alguma explicação sobre sua origem, e descobri que o Hallowen é um evento originário entre os Celtas e Druidas, povos que habitavam a Irlanda e a Grã -Bretanha. Eles acreditavam que na noite de 31 de outubro as leis do tempo e do espaço eram suspensas. Por causa disto, os espíritos vagavam livremente e os mortos visitavam seus antigos lares para exigirem comida. Para afugentar as assombrações, as pessoas saiam às ruas fantasiadas de monstros e fantasmas, fazendo grande barulho. E foi exatamente isso que vimos por aqui na última sexta. Depois do fim do verão e da pietonização da Sainte Catherine Est, eu não tinha visto TANTA gente na rua como nessa noite.

O mais legal é que o povo entra mesmo no clima. Os bares ficam cheios, as boates lotadas e muitas casas são decoradas. O Marcos e o Israel, nossos amigos presentes em outros posts, decidiram fazer uma festa na casa deles, e capricharam em todos os detalhes. Tinha mais ou menos umas vinte pessoas, eu e o Renato entre elas. A noite foi até tarde e deixo para vocês algumas das imagens mágicas dessa que foi a nossa primeira festa de Hallowen.
Eu e o Renato
Mark de fantasma.
A Chris com seu Incrível Hulk (que tava mais a cara do Shrek)
Marcos e Israel
Ana e Ricardo

Ui, que mêda!!!! kkkk... Um abraço a todos. Inté.

Gilberto Evangelista

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

SORRY Madonna...

Gente, désolé! Eu queria muito deixar a Madonna abrindo o blog pelo menos por uma semana, do tanto que eu gosto dessa foto dela incorporando a Dita Parlo, ainda mais porque caiu como uma luva para o grito de Express Yourself, mas... fazer o quê? A fila anda, ainda mais quando a neve cai pela primeira vez em Montréal, aí não tem como segurar os veículos de informação (risos). Então, antes que apareça algum engraçadinho dizendo, "Nossa, qualquer geada no Rio Grande do Sul acumula mais neve do que essa capinha fina de gelo!", quero ressaltar que o objetivo desse post é de registrar o começo do tão temido inverno, que já chegou em pleno outono. Inverno este que TODO MUNDO por aqui faz questão de enfatizar que é rigoroso, para estamos preparados, afinal, será o nosso primeiro. Que venha! Já decidimos que não teremos medo, e tentaremos curtí-lo ao máximo.
E para aqueles que estão pensando, "Meu Deus, parece o povo da roça que nunca viu o mar ou a neve, por que toda essa euforia? ", queremos dizer que já vimos a neve, mas temos que admitir que foi muito legal ver a "nossa neve", a primeira como imigrantes, ou seja, no nosso novo lar. Gente, é lindo demais ver os floquinhos caindo do céu. Eu tava trabalhando, fazendo pizza lá no restaurante, e o Renato me liga: "Olha na janela! A metereologia acertou (de novo), a neve começou a cair". Nessa hora, corri para fora do restaurante, olhei pro céu, peguei alguns floquinhos na palma da mão, que derreteram rapidamente, e voltei para minha cozinha. A garçonete só ficou rindo da minha alegria ingênua. Seguem algumas fotinhas que fiz hoje no caminho e redondezas da escola. O Renato disse que o campus da Universidade de Montréal, que fica do outro lado do Mont-Royal, no bairro Côte-des-Neiges, estava com uns 5 centímetros de neve, ou seja, tudo branco. Ah! A temperatura hoje ficou ali, nos 2 graus. Mas, como dizem por aqui, "c'est correct!".

Essa foto (acima) é de quando começou a nevar ontem à noite, aqui da janela de casa. Parece uma chuva grossa, mas é neve... risos.
Lembra como essa casa tava cheia de folhas vermelhas não tem nem 10 dias????
E aí... vamos sentar para um bate-papo no parque em frente à escola ou colocar as crianças para escorregar e ficar com a bunda fria?

E o Mont-Royal que eu via nas cores do inverno da minha sala passada (nível 6)...... foi substituído pelos telhados da sala do nível escrito, que comecei nesta semana, do outro lado do prédio. É a mesma sala que eu fiz o nível 4, quando entrei na escola em maio. Adoro a vista tb, ainda mais agora, toda branquinha.

Beijos, beijos. Giba e Re.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

COME ON GIRLS! DO YOU BELIVE IN LOVE?

8 de agosto de 1989, terça-feira, 15 horas, 41 minutos. O aparelho 3 em 1 está no volume máximo na casa 14, do conjunto J, da QI 6 no Guará 1, cidade satélite de Brasília. Ao invés de estudar para alguma prova, eu (Gilberto, 16 anos) danço no meio da sala, enquanto minha mãe saiu para resolver algum problema. Já fazem algumas semanas que os vizinhos reclamam que minhas caixas de som emitem as mesmas músicas de sempre: Cherish, Express Yourself e Like a Prayer, que inclusive batiza o meu disco do momento.
9 de novembro de 1990, sexta-feira à noite. Eu, Lúcia, Nêga Paula, Sirlene, Fábio, Raquel, Aila e Aline estamos a caminho da New Aquarius – a única boate gay de Brasília, após uma parada estratégica no Beirute – o bar alternativo da cidade. Vamos comemorar o aniversário do Paulinho, o “único” homossexual da galera. (Calma gente, eu só tinha 17 anos e o armário ainda tava tão gostoso, quentinho e escurinho... risos). No Opala Diplomata do Dionízio, que está cheio de cerveja no porta-malas, o som que dá o clima à noite é Justify My Love e Rescue Me, as duas faixas mais picantes do disco The Immaculate Collection, que vendeu nada menos que 32 milhões de cópias no mundo inteiro. Um pouco mais tarde, na pista de dança, eu e o aniversariante mostramos que valeu a pena assistir o vídeo Vogue mais de 150 vezes, até saber a coreografia de cor. Nessa noite, eu quase dei o meu primeiro beijo em um homem... Babado!!!... Mas essa é outra história... Abafa!

Segunda-feira, 22 de julho de 1991. São quatro horas da tarde. Vai começar a primeira sessão do filme Na Cama com Madonna. Escolhi vir neste dia, pois, além de ser mais barato, não ia ter a confusão da última sexta (dia 19), quando o filme estreou em 38 cinemas de todo o Brasil. Não adiantou muito não. A sala tava repleta. Pelo menos eu vim sozinho, sem ninguém para conversar. Queria mesmo aproveitar uma das raras ocasiões que tive vontade de estar sozinho... Sozinho em termos, afinal, serão duas horas de pura diversão, que vão me mostrar, mais uma vez, porque Madonna para mim não é uma simples cantora, mas um mito cultural do século XX e XXI, um modelo de transgressão, mas acima de tudo, uma máquina do melhor e mais puro marketing.

PULO NO TEMPO e muitas outras músicas, pessoas e histórias especiais depois...


22 de abril de 2007, domingo à tarde. Convidei alguns amigos queridos para um happy-hour no big apartamento do André, que fica na Colina/Unb. Entre eles Ricardo, Zé Roberto, Daniel, Bené, Genilson e Luis Carlos. Pena que o Luis Henrique não ta presente, mas vou contar pra ele por telefone a novidade que acabo de anunciar a todos: “É bem provável que ano que vem não possamos estar juntos nesta data, pois eu e o Renato possivelmente já estaremos morando em Montréal, no Québec, se tudo der certo...” No mix de alegria e tristeza, o Kaú me dá de presente o DVD Confessions Tour... (mas justo do último CD que nem gostei tanto assim????). Não gostava. Depois de assistir mais de 50 vezes, ADORO, e Jump não pára de martelar meus ouvidos no carro, em casa, no trabalho, no youtube, a qualquer hora, em qualquer lugar.

Quarta-feira, 22 de outubro, de 2008. São 21h30. Depois de uma hora e meia de atraso, começa a primeira apresentação do furacão loiro em Montréal. Eu já bebi um espumante em homenagem à minha cantora favorita em companhia do Israel, o amigo que me ajudou a procurar e comprar os ingressos na internet, já que não consegui pelas vias normais. Droga! Aqui também tem essa praga do mercado negro, dos cambistas e tudo mais... Enfim, deixa pra lá. O que importa é que essa noite vai ficar gravada na mente: uma Madonna radiante, sorridente, tocando, cantando e dançando para 17.861 fãs histéricos, mas não tão histéricos assim vai, mais da metade, muiiiito mais da metade do público viu o show inteiro sentado. Fiquei de cara. GENTE!!!!! É A MADONNA!!!! LEVANTA E DANÇA!!! Deixa pra lá também... Eu sei que eu dancei, gritei, me emocione, e fiquei de cara com tudo: a projeção de imagens perfeitas, os vídeos perfeitos, as coreografias perfeitas e ainda mais de ver uma mulher de 50 anos com energia de 20. A única coisa que não foi legal é que fiquei nas arquibancadas, e ela não pode saber que era eu o brasileiro que gritava tanto e lhe chamava de Filha da Puta.... Filha da puta sim, mas um filha da puta carinhoso, sabe? Ai ai, foram as duas horas mais rápidas da minha vida e da próxima vez, não quero nem saber, faço até empréstimo bancário para ficar ali óóó, do ladinho dela na pista, só para agradecê-la por fazer parte durante tanto tempo de momentos tão importantes e preciosos da minha vida. Vocês vão ver.


Agora é só esperar o DVD do show sair... hehehehe... Neste, eu fui! Valeu demais!!!!!

GILBERTO EVANGELISTA
Ps. O Renato não participou desse post porque ele não quis ir para o show comigo, mas sem neuras, respeitar as diferenças e os momentos individuais é uma boa para manter a saúde de um relacionamento. Não é mesmo? Beijos. Inté.